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O dividendo da longevidade

O texto a seguir é inspirado profundamente nas ideias e no raciocínio do artigo “O Dividendo da Longevidade”, originalmente publicado pela Revista de Finanças e Desenvolvimento do Fundo Monetário Internacional, assinado por Andrew Scott, diretor Sr. de Economia no Ellison Institute of Technology e professor de economia na London Business School; e por Peter Piot, professor de Saúde Global na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Para este artigo, adotamos o mesmo título, todos os conceitos trazidos pelos autores, mas com uma abordagem mais interpretativa e resumida.

Etarismo no Brasil: avanços da legislação e o futuro do mercado de trabalho

Diante do fascinante tema do etarismo no Brasil, surge um questionamento crucial: como garantir um futuro digno àqueles que, na maturidade, mantêm um desejo vibrante pela vida e por novos conhecimentos? Para essa jornada, é essencial conhecer as leis que protegem os direitos em todas as idades, especialmente os da pessoa idosa.

O velho e o código

O mar corporativo continuava revolto, hostil aos muito velhos e aos muito jovens, como se a experiência e a inovação fossem peixes que não pudessem nadar juntos. Mas Santiago sabia: em algum lugar, havia um cardume esperando por pescadores que entendessem tanto das marés antigas quanto dos ventos novos.

Raízes que falam

Há vidas que se entrelaçam com lugares, com pessoas, com épocas, como se o destino decidisse bordar memórias em diferentes territórios da existência. O mundo corporativo, por outro lado, parece ter desaprendido a olhar para raízes. Valoriza a velocidade, celebra o instantâneo e, muitas vezes, descarta a experiência como se ela fosse um arquivo desatualizado. Pior: em nome de uma modernidade pasteurizada, abre mão até de sua própria história, afastando-se dos valores e do propósito que a construíram. Quantos profissionais extraordinários, com trajetórias robustas e resultados consistentes, encontram-se subitamente invisíveis aos olhos de um mercado obcecado por métricas e tendências?

O risco de combater o etarismo criando novos rótulos

Na ânsia de corrigir séculos de exclusão, estamos criando novos estereótipos. Trocam-se rótulos negativos por positivos: “os 50+ são resilientes”, “os 60+ são sábios”, “os 70+ são inspiração viva”. Embora bem-intencionadas, essas narrativas ainda enquadram pessoas em categorias que não lhes pertencem.

Zona desmilitarizada do etarismo

O tema etarismo é uma pauta em evidência, sobretudo dos protagonistas das duas pontas da linha de tempodessa vida bandida. No início da escada, a rapaziada que entra na ribalta da vida social e profissional, os jovens. No alto da escada, a turma que já subiu os degraus, caiu, desceu dois degraus, se reequilibrou, subiu novamente. São chamados de idosos na etiqueta mais refinada e de velhos no popular. No mundo do marketing passam por sutilezas do tipo: melhor idade e outras baboseiras para fazer negócio.

A travessia do tempo

Vivemos um paradoxo silencioso e, muitas vezes, cruel. De um lado, a busca legítima por longevidade, saúde e vitalidade. Do outro, uma corrida desenfreada, quase desesperada, contra o relógio biológico, como se o simples ato de envelhecer fosse, em si, um fracasso pessoal. O corpo envelhece, sim. E ele faz isso no ritmo certo, na cadência natural da vida. Cedo ou tarde, ele nos dirá, às vezes com gentileza, às vezes com firmeza, que não seremos mais capazes de fazer certas coisas. E tudo bem. Isso não é um castigo. É apenas a vida sendo vida.

Novos velhos ou jovens velhos: o que está acontecendo com o mundo?

O envelhecimento está mudando de cara. Nunca foi tão difícil definir o que é ser “velho” — ou mesmo “jovem”. Quem acompanha o futebol viu Portugal conquistar a Liga das Nações sobre a Espanha, com Cristiano Ronaldo, aos 40 anos, jogando com a energia e a vitalidade de um jovem de 20. Não é exagero: estudos já mostraram que o corpo de Cristiano Ronaldo tem características de alguém 11 anos mais novo, resultado de cuidados extremos, disciplina e acesso ao que há de mais moderno em ciência esportiva e medicina.

O novo normal

Cada vez que dizem que “a idade chegou”, Novak Djokovic e Cristiano Ronaldo respondem em quadra e em campo, deixando críticos sem palavras e a torcida batendo palmas. Dois atletas que derrubaram o calendário pelo talento, disciplina e obsessão por vencer. Djokovic, aos 38 anos, chegou a mais uma semifinal de Grand Slam, em seu impressionante recorde de 48 em torneios Major, dos quais é o recordista histórico em títulos. Só não foi a mais uma final porque perdeu para o atual número 1 do mundo, Jannik Sinner. Cristiano Ronaldo, aos 40 anos, segue acumulando números irreais. Foi dele o gol fundamental que empatou a final da Nations League da UEFA (depois vencida nos pênaltis por Portugal contra a Espanha), somando na carreira impressionantes 35 títulos oficiais e mais de 935 gols – marcas que ultrapassam gerações e desafiam a lógica do tempo.

O silenciamento das mulheres brasileiras como ferramenta de opressão

Em um país onde a violência contra a mulher cresce absurdamente a cada ano, a discussão sobre o “lugar de fala” das mulheres brasileiras se tornou algo banal e frequentemente dominada por vozes masculinas que buscam invalidar as mulheres em espaços públicos e privados.

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